Francisca estava toda arrumada para ir a igreja. Usava um vestido vermelho, que dera muito trabalhopara a mamãe passar a ferro, no itos sabatinos pretos e um chapeuzinho de verão. Ela estava mesmo um amor! A mamãe se orgulhava dela. E também Francisca se sentia bem.
Agora, querida disse a mãe sente-se no sofá até que eu me apronte. Não vai demorar.
Não poderia eu ir ao jardim um pouquinho? Esta lindo o sol lá fora!
Esta bem, disse mamãe. Cuide, porém, em não sujar o vestido! E não saia para a rua!
Sim mamãe, respondeu Francisca. A senhora me chame quando estiver pronta, então abriu a porta dos fundos e saiu.
Não vou demorar senão uns minutos.
Avisou a mãe. Cuide bem!
Enquanto esperava pela mãe, Francisca ia de canteiro em canteiro até chegar ao portão.
"Quanto tempo será que a mamãe vai demorar?" Disse de si para si. "Talvez haja tempo de ir ver os peixe."
"Os peixes" era como Francisca chamava um tanque, junto do rio,quando a pescaria rendia, soltavam os peixes até que quisessem apanha-Los (onde os pescadores vão)
Aquele tanque sempre fora para Francisca uma grande atracão. Não se cansava de olhar os peixes e ficava tão perto, ali mesmo ao pé do morro.
Como não houvesse sinal da mamãe, Francisca resolveu correr até lá, dar uma olhada nos peixes,e correr de volta. Era verdade que a mãe dissera que não saísse do jardim, mas talvez não houvesse mal em ir só essa vez, contando que cuidadasse em não sujar a roupa... E ela cuidaria, como não!
Assim resolveu ver os peixes, Francisca correu morro abaixo. Conhe ia bem o lugar, pois lá estivera muitas vezes.
E ei-lá ao tanque. Que lindo! Estava cheio de peixes. Peixes grande, peixes pequenos. Francisca estava fascinada. Gostava de vê-los a nadar preguiçosamente.
Isto é hora melhor do que ir à igreja..
Infelizmente, esqueceu-se também de que estava vestida para ir à igreja.
Havia ali ainda outras crianças, e algumas delas se divertiam pulando de um lado para o outro, por cima do tanque. Ele não era largo, e ao ver os peixes saltarem, Francisca estava fascinada. Gostava de vê-los. Francisca pensou: "Acho que seria capaz de pular por cima do tanque também."
Assim afastou-se um pouco, e então deu uma grande corrida e um grande salto. Grande, pensou ela, mas não foi bastante para alcançar o outro lado. Plash!! Lá se foi Francisca para dentro da água, para o meio daquelas dezenas de peixes limosos, a nadarem entre as suas perninhas. Vestido, sapatos, meias, chapéu, tudo foi para debaixo d`água.
Voltando a tona, Francisca esforçou-se para agarrar-se à viga que segurava as bordas do tanque, e com o auxilio de outras crianças conseguiu sair.
Que aspecto tinha ela agora! Em vez de uma menina bonita, limpa e bem vestida, parecia um pinto. Água suja escorria-lhe do cabelo e da face, e o vestido estava todo sujo. A água imunda sujou todo o seu sapato. Ai, que diria a mãe?
Correu moro acima, viu a mãe junto a cancela, toda pronta para ir à igreja e olhando rua acima, e rua abaixo a procura de sua querida Francisquinha.
Súbito, a mãe viu aquela criaturinha coberta de sujeira e escorrendo de água, subindo o morro, e quase não pôde crer no que via.
Basta dizer que depois do que aconteceu e já dentro do banheiro com a roupa toda suja e cheia de lama. Francisca tomou a decisão de nunca mais brincar em lugares sujos e principalmente a decisão de sempre obedecer sua mamãe e seu papai.
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